quinta-feira, 5 de agosto de 2010

ONG Água Viva e MP juntos na tentativa de preservar o meio ambiente


A prefeitura está sendo notificada, mais uma vez, para limpar uma área de preservação


Uma briga antiga entre Ministério Público (MP) e Prefeitura de Vilhena ganhou novo fôlego essa semana. A Organização Não Governamental (ONG) Água Viva está atuando como assistente do MP para tentar fazer com que o município retire todo o lixo que está poluindo o Rio Pires de Sá, em uma área de preservação ambiental que fica entre as ruas 740 a 743 (próximo à Faculdade da Amazônia). O lixo foi jogado indevidamente no local, segundo a prefeitura, pela própria população que mora na redondeza. A confusão arrasta-se desde a gestão do ex-prefeito, Marlon Donandon, que foi notificado duas vezes a resolver o problema e apenas “deu um jeitinho”, segundo acusação do MP.
A primeira vez em que a prefeitura tentou solucionar o problema, o lixo foi enterrado, sendo preciso mais uma notificação contra o município. Em seguida parte dos entulhos foi jogada dentro de uma voçoroca (vala) gigante que liga o local diretamente ao Rio Pires de Sá. A chuva contribuiu com a poluição, pois a vala serviu de canal sem obstrução para que o lixo pudesse ser levado embora pelas águas do rio. Com o tempo, galhos foram sendo jogados pela população, o que serviu de “peneira” e está contento um pouco dos entulhos.
Segundo o presidente da ONG, o Advogado Luiz Antônio Rocha, o problema principal é o lixo, que deve ser retirado o mais rápido possível. “A prefeitura tem maquinário e mão-de-obra humana para realizar este serviço. A canalização da vala tem que ser discutida em breve, após a limpeza do local”, diz. O Procurador Geral do Município, Carlos Eduardo Machado Ferreira, disse que a acusação do MP não é cabível, pois quem tem que resolver o problema é o Governo do Estado e a União, uma vez que a área é de preservação ambiental. “O município não tem condições financeiras para custear essa adequação (retirada de lixo e contenção da voçoroca), pelos cálculos de técnicos, o preço desta adequação chega a R$ 8 milhões”, explica.
Sobre o lixo o Procurador disse que a prefeitura está fazendo o possível para retirá-los do local, entretanto tem como maior rival os próprios moradores da redondeza, que continuam a jogar seus entulhos na área. “Já notificamos os moradores no ano passado, mas não conseguimos conter o problema”, arremata.
ONG Água Viva – A Organização Não Governamental Água Viva é composta por um grupo de vilhenenses que trabalham em prol da preservação do meio ambiente. O grupo já tem um trabalho de preservação das tartarugas gigantes do Rio Guaporé, e agora estão nesta disputa para tentar conter a poluição nesta área, que fica na redondeza do município de Vilhena.


TEXTO: Rômulo Azevedo
FOTO: Divulgação

OBS.: Este texto foi publicado (e gentilmente cedido) pelo Jornal Correio de Notícias

Um comentário:

  1. Falta de conscientização da população que joga lixo onde não deve.
    Falta de autoridade da Prefeitura que deveria punir o Bairro por esta poluindo.
    deveria ter coleta seletiva para reciclar esse lixo.
    Mas cade o interesse dos nossos politicos que so consegue enxergue o lucro no seus bolsos.

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